O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está atualmente focado na recomposição de sua base no Congresso Nacional, após demitir aliados que votaram contra a Medida Provisória que aumentou impostos. Essa estratégia, anunciada em 24 de outubro de 2025, busca fortalecer sua posição política em um ano eleitoral, com Lula se preparando para disputar um quarto mandato. A ministra Gleisi Hoffmann é central nesse processo, mapeando cargos vagos e dialogando com líderes da Câmara dos Deputados para encontrar substitutos adequados.
A articulação política inclui a participação do presidente da Câmara, Hugo Motta, que será fundamental para essa recomposição. A equipe de Lula está atenta ao histórico de alianças e busca evitar erros cometidos anteriormente, como os enfrentados por Arthur Lira, que se viu em dificuldades ao alocar cargos entre aliados de diferentes partidos, inclusive do ex-presidente Jair Bolsonaro. Com as demissões, o governo sinaliza que espera que a base governista siga as orientações do Planalto, reforçando a necessidade de uma aliança mais coesa.
Ao reestruturar sua base, Lula não apenas tenta consolidar sua influência nas votações, mas também se prepara para as eleições de 2026, onde a unidade e a lealdade dos aliados serão cruciais. A reaproximação com parlamentares e a definição de novos cargos podem ter um impacto significativo na governabilidade do atual mandato e nas perspectivas eleitorais do presidente. Assim, a recomposição se torna uma questão de sobrevivência política em um cenário cada vez mais desafiador.