O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) protocolou uma representação criminal no Supremo Tribunal Federal contra Flávio Bolsonaro (PL-RJ) nesta sexta-feira (24). O motivo da ação judicial é uma postagem de Flávio que sugere que o secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, ‘ajudasse’ o Brasil no combate ao tráfico de drogas na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. A declaração foi feita após Flávio compartilhar uma publicação de Hegseth sobre um ataque militar americano a uma embarcação envolvida com narcotráfico.
Na postagem, Flávio Bolsonaro menciona que há barcos na Baía de Guanabara que inundam o Brasil com drogas e questiona se o secretário não gostaria de passar um tempo no Brasil ajudando a combater organizações terroristas. Essa sugestão gerou a reação de Lindbergh, que classificou a manifestação do colega como uma violação da soberania nacional. Ele argumentou que um senador não pode advogar pela submissão do Brasil a uma potência estrangeira, o que, segundo ele, fere os interesses do Estado brasileiro.
As implicações dessa ação judicial podem ser significativas, uma vez que envolvem questões de defesa da soberania nacional e liberdade de expressão. A representação de Lindbergh Farias poderá provocar discussões mais amplas sobre o papel dos parlamentares na política externa e sobre as relações entre Brasil e Estados Unidos. O desdobramento deste caso no STF será observado de perto, especialmente diante da polarização política atual no país.