O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, se reuniram em 29 de outubro no Palácio Guanabara para discutir os efeitos da megaoperação contra o Comando Vermelho, que resultou em ao menos 132 mortes. Lewandowski destacou que o uso de militares dependerá da avaliação da situação atual, enquanto Castro negou ter solicitado uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), afirmando que o estado conta com melhores condições agora.
Durante a coletiva, as autoridades anunciaram a criação de um escritório emergencial integrado para combater o crime organizado, enfatizando a colaboração entre o governo estadual e a União. Lewandowski afirmou que nenhuma solicitação de apoio do governo fluminense foi negada, e a discussão sobre a GLO reacendeu o debate sobre a eficácia dessa medida em face da violência no estado. O governo do Rio busca fortalecer a integração das forças de segurança sem a necessidade de intervenção militar.
As declarações dos líderes refletem um cenário complexo e delicado no combate ao crime organizado no Rio de Janeiro. A operação, considerada a mais letal da história do estado, levanta questões sobre as estratégias de segurança pública e a adequação do uso da força militar. Com a criação do novo escritório, espera-se que a colaboração entre as esferas de governo contribua para a diminuição da violência e a desarticulação de facções criminosas na região.

