A casa de ópera La Fenice, em Veneza, está no centro de uma controvérsia após anunciar a contratação da maestrina Beatrice Venezi como diretora musical. A nomeação, realizada em outubro de 2025, provocou reação negativa dos músicos da orquestra e da equipe do teatro, que questionam a experiência da profissional para o cargo de alto perfil. Eles afirmam que Venezi foi escolhida mais por suas conexões com o governo de direita liderado por Giorgia Meloni do que por seu currículo artístico.
Segundo os críticos internos, a decisão compromete a tradição e a excelência da instituição, que é um dos principais símbolos culturais da Itália. A polêmica reflete um embate maior entre política e cultura no país, especialmente diante do crescimento da influência do governo Meloni em setores públicos e culturais. A discussão ganhou repercussão nacional e internacional, levantando dúvidas sobre a autonomia das instituições culturais italianas.
O descontentamento pode levar a pressões para reverter a nomeação ou modificar os critérios de escolha para cargos artísticos no futuro. Além disso, a situação coloca em evidência o desafio de manter a independência cultural frente a interesses políticos, o que pode afetar a imagem e o funcionamento da La Fenice nos próximos anos.