Klabin enfrenta desafios no mercado, mas especialistas divergem sobre investimentos

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

A Klabin, uma das líderes no setor de papel e celulose do Brasil, viu suas ações caírem cerca de 9% no último ano, atingindo R$ 17,80. Essa baixa é atribuída a fatores internos e externos que influenciam seu desempenho, levantando questionamentos sobre a viabilidade de novos investimentos na companhia. Em contrapartida, a empresa se destaca pela diversificação de suas operações, abrangendo celulose, papéis e embalagens, o que pode amortecer oscilações de mercado.

Recentemente, a Klabin garantiu um aporte de R$ 600 milhões por meio do arrendamento de 30 mil hectares em terras nos estados do Paraná e Santa Catarina, um movimento que fortaleceu sua posição financeira em um setor marcado por custos crescentes. Apesar da pressão nos resultados, a empresa registrou lucros sólidos, com um lucro líquido de R$ 585 milhões no segundo trimestre de 2025, um aumento de 86% em relação ao ano anterior. No entanto, analistas alertam para o elevado nível de endividamento e os riscos associados à valorização do real, que podem impactar a competitividade das exportações.

O cenário futuro da Klabin depende da capacidade da empresa de equilibrar crescimento e eficiência operacional. Especialistas recomendam cautela, citando a possibilidade de uma desaceleração na demanda global e custos crescentes que podem pressionar as margens. Enquanto alguns analistas veem potencial de valorização nas ações, outros indicam que os riscos estruturais tornam o investimento menos atraente a curto e médio prazo, sugerindo que os investidores aguardem sinais claros de recuperação antes de tomar decisões.

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