A Justiça do Rio de Janeiro negou o recurso dos policiais militares Marcos Felipe da Silva Salviano e Rodrigo Correia de Frias, envolvidos na morte de Kathlen Romeu, e determinou que o julgamento será realizado por júri popular. Os acusados aguardam a definição da data da audiência em liberdade. A decisão foi tomada pela Sexta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, com base nas provas apresentadas pelo Ministério Público e Polícia Civil.
Kathlen Romeu, uma jovem de 24 anos grávida de três meses, foi morta em junho de 2021 durante uma operação da Polícia Militar no Complexo do Lins, zona norte do Rio de Janeiro. Embora a PM tenha inicialmente informado que houve confronto, as investigações apontaram que não houve troca de tiros no momento em que ela foi atingida por um disparo de fuzil no tórax. Além disso, há suspeitas de fraude processual envolvendo a manipulação da cena do crime por parte dos policiais.
O desembargador responsável pela decisão destacou que as versões conflitantes justificam a competência do Tribunal do Júri para julgar o caso. A família de Kathlen reforça a importância da responsabilização dos envolvidos e cobra transparência e agilidade no andamento do processo, que segue sob grande atenção pública e política no estado.