A Justiça do Equador emitiu, nesta quinta-feira (23), uma ordem de prisão preventiva contra um ex-ministro do governo de Rafael Correa e um empresário, ambos foragidos e investigados pelo assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio, ocorrido em 2023. A decisão ocorre em um contexto de crescente violência política, após a morte de Villavicencio, um crítico feroz do governo anterior, que foi assassinado a tiros em Quito, uma semana antes das eleições gerais.
As investigações do Ministério Público apontam José Serrano, ex-ministro do Interior, e Xavier Jordán como os supostos mentores do crime. Ambos encontram-se nos Estados Unidos, com Serrano detido em Miami por questões migratórias. A juíza María Ortiz considerou que os acusados representam um alto risco de fuga e de obstrução da justiça, justificando a necessidade de sua prisão preventiva e a notificação da Interpol para busca internacional.
Além disso, um tribunal já condenou cinco membros do grupo criminoso Los Lobos, responsáveis pelo assassinato, a penas de até 34 anos de prisão. A complexidade do caso reflete não apenas a crise de segurança no Equador, mas também a necessidade de enfrentar a corrupção e a violência que permeiam a política local, especialmente em um ambiente tão polarizado e tenso.

