Na última década, o consumo de notícias, marketing e entretenimento deixou de ocorrer em espaços separados para se fundir no feed digital, onde todos os conteúdos competem pela mesma atenção. Essa singularidade de mídia transforma não apenas o consumo, mas também a produção e monetização da informação, eliminando as fronteiras tradicionais entre notícia, publicidade e entretenimento.
Inicialmente, o feed democratizou o acesso à atenção do público, obrigando marcas e veículos a elevarem a qualidade do conteúdo. Contudo, essa competição evoluiu para uma corrida pelo engajamento a qualquer custo, resultando em conteúdos fragmentados e superficiais que cansam o leitor. Em contrapartida, cresce a valorização da curadoria editorial e das experiências finalizáveis, como newsletters e homepages, que oferecem ao usuário uma seleção confiável e concreta de informações.
Assim, o futuro da mídia não será definido apenas por algoritmos ou pela disputa por cliques rápidos, mas pela capacidade de construir valor e confiança. Veículos que apostarem em nichos, curadoria criteriosa e conteúdo relevante poderão se destacar em um cenário marcado pela singularidade da mídia e pela atenção cada vez mais escassa do público.