Israel iniciou nesta quarta-feira (1º) a interceptação da flotilha Global Sumud, composta por mais de 40 embarcações e cerca de 500 tripulantes de 40 países, que tentava romper o bloqueio imposto à Faixa de Gaza para entregar ajuda humanitária. Entre os participantes estavam a ativista climática sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila. A ação ocorreu no Mediterrâneo, ao norte da costa do Egito, a aproximadamente 220 quilômetros de Gaza.
A iniciativa internacional denunciou que os navios foram abordados ilegalmente pelas forças navais israelenses em águas internacionais, com desligamento das câmeras e interrupção das comunicações. A flotilha classificou o episódio como um ataque ilegal contra trabalhadores humanitários desarmados e solicitou que governos e instituições internacionais exijam a segurança e liberação imediata dos envolvidos. Nos últimos dias, a missão também sofreu ataques de drones israelenses e manobras de intimidação da Marinha de Israel, enquanto países como Itália, Espanha, Grécia e Turquia enviaram navios de guerra para escoltar os barcos.
O governo israelense rejeita as tentativas da flotilha como ações publicitárias e jogadas de marketing. Desde o início do conflito com o Hamas em outubro de 2023, mais de 65 mil palestinos foram mortos, incluindo centenas por fome. Em junho deste ano, outra tentativa semelhante foi interceptada, com deportação dos participantes, entre eles Thunberg e Ávila, que chegou a realizar greve de fome durante a detenção.