Pelo menos dez brasileiros e um argentino residente no Brasil foram detidos nesta quarta-feira (1º) por Israel durante a interceptação da flotilha humanitária que tentava levar ajuda a Gaza. O grupo, formado por cerca de 50 embarcações e mais de 500 pessoas de diversas nacionalidades, buscava romper o bloqueio israelense para entregar alimentos, água potável, medicamentos e brinquedos à população da região.
Entre os detidos estão o ativista brasileiro Thiago Ávila e a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE). A ação ocorreu em águas internacionais, conforme informado pelo grupo Global Sumud Flotilla, que denunciou o ataque como ilegal. A Anistia Internacional no Brasil também se manifestou, afirmando que nenhuma regra do direito internacional autoriza ataques a embarcações em livre navegação e cobrando passagem segura para a missão humanitária.
O episódio provocou mobilizações em São Paulo, onde ativistas, amigos e familiares dos detidos realizaram uma vigília na casa de shows Al Janiah, fundada por refugiados palestinos. Eles pedem apoio do governo brasileiro para garantir a segurança dos brasileiros capturados e defendem o rompimento das relações comerciais com Israel. A interceptação da flotilha intensifica as tensões no conflito que devastou Gaza nos últimos dois anos, agravando a crise humanitária na região.