Em 20 de outubro, o Irã anunciou a nulidade do acordo firmado com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que previa a retomada de inspeções em suas instalações nucleares. A confirmação veio do secretário do Conselho de Segurança Nacional, Ali Larijani, durante uma coletiva em Teerã, onde destacou que qualquer nova proposta da AIEA será avaliada internamente.
O pacto original tinha como objetivo garantir acesso total dos inspetores da ONU às instalações nucleares do Irã e adiar a imposição de sanções econômicas internacionais. No entanto, a revogação do acordo ocorre em um contexto de crescente desconfiança, especialmente após o acionamento da cláusula de “snapback” pelo Reino Unido, França e Alemanha, que restaurou sanções devido ao descumprimento do acordo de 2015.
A decisão traz novas complicações nas relações do Irã com as potências ocidentais e representa um retrocesso para a AIEA, que vinha tentando reconstruir a cooperação com o país. Com a crescente acumulação de urânio enriquecido, a situação se torna cada vez mais delicada, aumentando os temores sobre o potencial nuclear do Irã e suas implicações para a segurança regional.