Um grupo de investidores que adquiriu imóveis classificados como Habitação de Interesse Social (HIS) da construtora Vitacon, localizada em Moema, São Paulo, alega ter sido enganado durante a compra. Os proprietários afirmam que a construtora promoveu as unidades como investimentos de alta rentabilidade, sem esclarecer as restrições aplicáveis a esse tipo de moradia. A situação gerou frustração entre os compradores, que consideram processar a empresa por danos financeiros e emocionais.
Durante as negociações, os investidores não foram informados de que as unidades seriam destinadas à população de baixa renda, o que impacta diretamente na possibilidade de aluguel e venda. Muitos deles só descobriram a natureza das propriedades após conversas em grupos de WhatsApp. A insatisfação culminou na formação de um grupo de investidores, que agora busca apoio legal para contestar a situação, considerando a possibilidade de uma ação coletiva contra a Vitacon.
A Vitacon, por sua vez, nega as acusações e afirma que cumpre integralmente a legislação vigente, garantindo transparência nas transações. Contudo, a pressão crescente dos investidores e a investigação em andamento por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em São Paulo podem levar a desdobramentos significativos para a empresa. A situação ressalta a importância da clareza nas informações prestadas aos compradores, especialmente em transações imobiliárias que envolvem programas sociais.


