O estado de São Paulo registrou pelo menos uma morte confirmada por intoxicação por metanol, com outras quatro em investigação relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas contaminadas. Segundo o governo paulista, as bebidas ingeridas incluem gin, uísque e vodca adquiridos em bares e adegas. A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar a origem da contaminação e o governo intensifica as fiscalizações para conter a circulação dos produtos adulterados.
De acordo com especialistas do Instituto de Química da USP, o metanol pode aparecer naturalmente em pequenas quantidades em bebidas fermentadas, como o vinho, devido à fermentação das cascas das frutas. No entanto, o maior perigo está na adição ilegal de metanol industrial para aumentar o teor alcoólico aparente, prática comum em destilados clandestinos como cachaça e aguardente. A cerveja apresenta baixo risco de contaminação pelo processo produtivo que não gera metanol em níveis relevantes.
As autoridades recomendam que os consumidores verifiquem a vedação das embalagens, confiram os rótulos com registro do Ministério da Agricultura e evitem preços muito baixos ou locais não confiáveis. Os sintomas da intoxicação incluem dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor abdominal, confusão mental e problemas visuais. O caso reforça a necessidade de fiscalização rigorosa para prevenir novos episódios e proteger a saúde pública.