Em 20 de outubro de 2025, o Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) contestou as críticas do setor bancário que responsabilizam as apostas esportivas pelo endividamento da população. O IBJR argumentou que o cartão de crédito é a principal fonte de dívidas entre as famílias, e que os bancos, ao criticar o setor de apostas, demonstram um ato de hipocrisia, desviando o foco de suas próprias falhas estruturais.
A instituição enfatizou a gravidade da situação financeira no Brasil, citando a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), que revelou que 30,5% das famílias estão inadimplentes. O cartão de crédito, segundo a pesquisa, é responsável por 84,2% das dívidas, refletindo um problema histórico que os bancos não podem ignorar. O IBJR ressaltou que as taxas de juros do cartão podem chegar a alarmantes 451,5% ao ano, o que contribui para o superendividamento.
Por fim, o IBJR reafirmou seu compromisso com a criação de um mercado de apostas regulamentado e responsável, que proteja os consumidores e contribua para a economia. A discussão sobre a Medida Provisória relacionada ao aumento do IOF evidenciou que os bancos estão mais preocupados em proteger seus interesses do que em resolver os problemas de endividamento da população. Este cenário exige uma análise cuidadosa do papel que cada setor desempenha na crise financeira atual.