A indústria brasileira encerrou o 3º trimestre de 2025 em um cenário de estagnação, com a produção praticamente parada e uma queda no número de trabalhadores. Os dados, divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no dia 20 de outubro, revelam que o índice de produção alcançou apenas 50,1 pontos, refletindo estabilidade em relação ao mês anterior. Em contrapartida, o índice de emprego caiu para 48,9 pontos, sinalizando uma redução significativa de postos de trabalho no setor.
Além da estagnação na produção, os estoques das indústrias aumentaram para 50,8 pontos, indicando que as fábricas acumulam mais produtos do que o esperado, resultado de uma demanda mais fraca do que a projetada. A utilização da capacidade instalada ficou em torno de 70%, abaixo dos 72% registrados no mesmo período do ano anterior. Os empresários apontaram a carga tributária elevada e a demanda interna insuficiente como os principais desafios que pressionam o setor industrial atualmente.
Apesar do cenário desafiador, há indícios de um leve otimismo para os próximos meses, com a intenção de investimento subindo para 54,8 pontos e a expectativa de demanda alcançando 52,5 pontos. No entanto, a previsão para as exportações permanece abaixo da linha de 50, sugerindo uma queda nas vendas externas. A indústria brasileira, portanto, enfrenta uma fase crítica, mas ainda possui expectativas de recuperação, dependendo do fortalecimento da demanda interna e do ambiente econômico mais favorável.

