A recente operação policial no Complexo da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, destaca os impactos negativos da violência armada na saúde mental da população local. Estudo da ONG Redes da Maré revelou que cerca de 31% dos entrevistados relataram problemas emocionais, como ansiedade e depressão, resultantes da convivência com a violência. A pesquisa indica que as crianças são particularmente vulneráveis, apresentando um aumento significativo de problemas de saúde mental.
As consequências da violência armada incluem não apenas o estresse pós-traumático, mas também um quadro mais amplo de transtornos, afetando a qualidade de vida de quem vive nessas comunidades. Segundo especialistas, a exposição crônica a situações de risco pode levar a um desgaste emocional duradouro, aumentando o risco de transtornos de ansiedade e depressão. A coordenadora da ONG Redes da Maré enfatiza que os dados são representativos de diversas favelas e periferias que enfrentam a mesma realidade de violência.
Para mitigar esses impactos, é fundamental implementar um suporte psicossocial imediato e a longo prazo, além de promover a educação emocional nas escolas. Especialistas sugerem que a criação de mais Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) é essencial, pois muitos casos exigem atendimento especializado. A solução para essa crise de saúde mental deve envolver a comunidade, com um enfoque integrado que priorize a qualidade de vida e os direitos das populações afetadas pela violência armada.

