Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, está se posicionando como mediador entre o governo federal e o Legislativo na tentativa de fortalecer a relação entre as duas esferas. Essa movimentação ocorre em um contexto de dificuldades do Executivo para aprovar pautas na Câmara, conforme analisado pela especialista Clarissa Oliveira. A estratégia inclui uma nova abordagem na distribuição de cargos, especialmente no terceiro escalão, mas sua eficácia é questionada por parlamentares.
Os parlamentares demonstram ceticismo em relação à proposta de distribuição de cargos, considerando-a uma medida tardia. Segundo Clarissa, o foco atual dos legisladores também está voltado para as eleições de 2026, o que torna as ações do governo menos impactantes. Ela ressalta que, para obter resultados efetivos, a administração precisa oferecer benefícios que tenham um impacto direto nas bases eleitorais dos parlamentares.
Embora Motta não tenha a responsabilidade direta sobre a escolha dos ocupantes dos cargos, sua atuação como interlocutor pode aumentar sua influência nas bancadas. A dinâmica de forças em seu estado pode ser favorecida pelo empoderamento que o governo oferece neste momento. Assim, a relação entre o presidente da Câmara e o governo pode se tornar estratégica para ambos, especialmente em um ano eleitoral.