O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo federal repudia o ‘calote’ nos precatórios promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, durante um seminário em São Paulo. Haddad enfatizou que prefere ser visto como alguém que gastou demais a ser rotulado como um caloteiro, reafirmando o compromisso do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o pagamento integral desses títulos judiciais.
Durante o evento, o ministro criticou a emenda constitucional que restringe o pagamento de precatórios por Estados e municípios, destacando que a União optou por não participar dessa medida. Ele classificou a emenda como ilegal e inconstitucional, mencionando uma Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pela Ordem dos Advogados do Brasil no Supremo Tribunal Federal. Haddad ressaltou que a sustentabilidade fiscal deve ser alcançada de forma ética e respeitando as decisões judiciais.
O ministro também abordou a necessidade de um equilíbrio fiscal que não comprometa a capacidade de pagamento da União, que possui recursos que os Estados não têm. Ele criticou advogados que atuam de forma antiética, buscando benefícios sociais para clientes sem direito. Ao final, Haddad reafirmou a importância de resolver o problema fiscal de maneira sustentável, ao invés de adotar soluções temporárias que não respeitem a legislação vigente.