O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou sua preferência em ser visto como gastador a ser considerado caloteiro, ao justificar o pagamento de precatórios da gestão anterior. Durante pronunciamento em 24 de outubro de 2025, ele ressaltou que a quitação das dívidas federais é essencial para a União, defendendo a legalidade e constitucionalidade de sua decisão em não deixar esses pagamentos em aberto.
Haddad mencionou um montante de R$ 90 bilhões destinados a esses pagamentos. Entretanto, especialistas, como o economista Samuel Pêssoa do BTG Pactual, argumentam que o valor efetivamente pago pela gestão anterior foi de apenas R$ 30 bilhões. A analista Thais Herédia, da CNN, destaca que as preocupações dos economistas não se concentram apenas no pagamento, mas também na contabilização das despesas fora das métricas fiscais oficiais, o que levanta questionamentos sobre a saúde financeira do governo.
Essas práticas de contabilização têm gerado desconfiança sobre a real situação das contas públicas e a eficácia da meta fiscal como um indicador. Especialistas alertam que a continuidade de gastos fora das diretrizes fiscais pode comprometer a credibilidade do governo, afetando sua capacidade de gerir a economia de forma sustentável no futuro. A situação exige uma análise cuidadosa para evitar que a confiança na política fiscal do país seja ainda mais erodida.

