Em uma recente entrevista à emissora NPR, Guillermo del Toro, renomado diretor mexicano, expressou sua aversão ao uso de Inteligência Artificial no cinema, afirmando que “prefere morrer” a depender dessa tecnologia. Conhecido por filmes como O Labirinto do Fauno e A Forma da Água, Del Toro deixou claro que não tem interesse em IA generativa e não pretende mudar de opinião sobre o assunto até sua morte.
O diretor não se considera ameaçado pela IA, mas critica a maneira como ela pode tornar os profissionais da indústria menos criativos, chamando isso de “estupidez natural”. Sua declaração surge em um contexto de crescente preocupação em Hollywood, onde o uso de IA gerou debates acalorados, especialmente durante a greve de roteiristas e atores em 2023, que buscava garantir direitos autorais e evitar cortes de empregos.
A controvérsia em torno da IA também levou a Academia do Oscar a atualizar suas diretrizes para evitar penalizações a filmes que utilizam essa tecnologia. Com a estreia de sua adaptação de Frankenstein e a crescente discussão sobre o impacto da IA, Del Toro se posiciona como uma voz crítica em um momento decisivo para a indústria cinematográfica.

