O governo federal do Brasil informou que já ressarciu R$ 2,3 bilhões a aposentados e pensionistas do INSS, que foram impactados por descontos irregulares em seus benefícios. Essa devolução envolve cerca de 3,3 mil pagamentos que estão programados para serem concluídos até 27 de outubro, com valores corrigidos pela inflação. As investigações revelaram que esses descontos foram realizados por sindicatos e entidades de classe sem a devida autorização dos beneficiários.
A nova fase do ressarcimento contempla mais de 500 mil beneficiários que aguardam análise de contestações anteriores. O INSS identificou novas fraudes, incluindo o uso de softwares para falsificar assinaturas e gravações de áudio como comprovações de autorização, as quais não têm validade legal. Desde o início da Operação Sem Desconto, em abril, os descontos diretos nas aposentadorias foram suspensos, expondo falhas nos controles de repasses automáticos da Previdência.
As investigações, conduzidas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, resultaram na abertura de 52 processos administrativos contra 50 associações e três empresas suspeitas de envolvimento em fraudes. O modelo de ressarcimento foi criado após a identificação de falhas na fiscalização, exigindo que os beneficiários aceitem um termo de quitação. Apesar do ressarcimento, a fraude afetou milhões em todo o país, levantando preocupações sobre a integridade do sistema previdenciário.

