O governo dos Estados Unidos entrou em paralisação às 00h01 do dia 1º de outubro, após a incapacidade dos republicanos liderados pelo presidente Donald Trump e do Partido Democrata em aprovar a lei orçamentária que mantém o financiamento dos serviços públicos. Com isso, cerca de 750 mil funcionários federais foram afastados temporariamente, afetando setores considerados não essenciais, como programas de assistência alimentar, educação infantil e pesquisas científicas conduzidas por agências como os CDC e NIH.
Esta é a 15ª paralisação orçamentária desde 1981, um fenômeno característico da política americana devido à necessidade de acordo entre poderes independentes para aprovação dos gastos públicos. A disputa atual envolve principalmente a inclusão de medidas relacionadas à saúde no orçamento, com os democratas exigindo a extensão de subsídios do Affordable Care Act e a reversão de cortes no Medicaid. A falta de consenso mantém o governo parcialmente fechado, enquanto serviços essenciais continuam operando sem remuneração imediata aos seus funcionários.
A paralisação traz impactos econômicos significativos, com estimativas apontando para uma redução semanal de até 0,2 ponto percentual no crescimento do PIB, além de atrasos em serviços como processamento de passaportes e controle aéreo. O presidente Trump intensificou a crise ao ameaçar demissões permanentes, o que pode agravar ainda mais o cenário político e social. O fim do impasse permanece incerto, aumentando a pressão sobre ambos os partidos para encontrar uma solução.