O governo federal dos Estados Unidos entrou oficialmente em shutdown parcial na quarta-feira, após o Congresso não conseguir aprovar um acordo de financiamento antes do prazo final à meia-noite. A tentativa inicial dos republicanos no Senado de aprovar uma extensão temporária do orçamento para o ano fiscal de 2025 foi rejeitada pelos democratas, que protestaram contra sua exclusão das negociações. O projeto, aprovado pela Câmara em 19 de setembro, daria ao Congresso até 21 de novembro para definir as prioridades orçamentárias de 2026.
O impasse está centrado na disputa sobre a extensão dos subsídios do Obamacare, que expirariam no final de 2025, e na insatisfação dos democratas por terem sido marginalizados nas negociações. Líderes republicanos afirmam que não há motivo substancial para o shutdown e acusam os democratas de arriscar o funcionamento do governo por demandas financeiras superiores a US$ 1 trilhão. O Senado deve continuar votando durante a semana até que um acordo seja alcançado ou até que os democratas cedam.
Com a paralisação, milhares de funcionários federais serão afastados sem remuneração e diversas agências poderão ser fechadas. Estima-se que cerca de 750 mil trabalhadores sejam afetados diariamente, com custo diário aproximado de US$ 400 milhões. Serviços essenciais sofrerão interrupções, e medidas como o fechamento do Centro de Visitantes do Capitólio e cancelamento de viagens oficiais foram anunciadas. A situação aumenta a pressão política para uma solução rápida e pode gerar impactos econômicos e sociais significativos.