Na última quarta-feira, 29 de outubro, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou que as autoridades estão utilizando o contexto — incluindo horário, local e vestimentas — para classificar 115 civis mortos como envolvidos com o tráfico de drogas. Essa declaração surge na sequência de uma operação realizada nos complexos do Alemão e da Penha na terça-feira, 28. A ausência de uma perícia formal levanta sérias questões sobre a validade das alegações feitas pelas autoridades.
O secretário enfatizou que, mesmo sem uma perícia, a avaliação do contexto é fundamental para a tomada de decisões em situações de segurança pública. No entanto, essa abordagem gera preocupações sobre possíveis abusos e a falta de transparência nas operações policiais, especialmente em áreas com histórico de violência. A utilização de critérios subjetivos para definir a criminalidade pode afetar a confiança da população nas instituições de segurança.
As implicações das declarações de Santos podem ser profundas, afetando tanto a percepção pública sobre a violência no Rio de Janeiro quanto as políticas de segurança adotadas pelo governo. A falta de evidências concretas para sustentar as alegações levanta questões sobre a eficácia e a ética das operações policiais. Este episódio ressalta a necessidade de um debate mais amplo sobre a responsabilidade das autoridades em situações de conflito e a importância de garantir justiça para todos os cidadãos.


