Durante o 28º Congresso Internacional de Direito Constitucional, o ministro do STF, Gilmar Mendes, qualificou o governo de Jair Bolsonaro como “autoritarismo populista”. Em sua fala, Mendes destacou a recusa do ex-presidente em combater a pandemia de Covid-19 e os constantes ataques à Justiça Eleitoral, que, segundo ele, visavam deslegitimar o processo democrático no Brasil.
O ministro mencionou que, desde 2018, o STF tem enfrentado desafios relacionados à desinformação, especialmente sobre as urnas eletrônicas. Ele enfatizou que as eleições sempre foram realizadas com precisão e criticou a narrativa que buscava desacreditar o sistema eleitoral, associando-a a tentativas de golpe. Mendes também aludiu a um recente julgamento no STF, que condenou réus envolvidos em campanhas de desinformação sobre as urnas, reiterando a importância da integridade do processo eleitoral.
A crítica de Mendes reflete um clima de crescente polarização política no Brasil, especialmente após os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando houve ataques às instituições democráticas. O envolvimento de Bolsonaro em controvérsias sobre o sistema eleitoral, aliado a uma série de ataques ao STF, levanta questões sobre o futuro da democracia no país. A análise de Mendes pode sinalizar a necessidade de um fortalecimento das instituições e da confiança pública nas eleições.