Gás do Povo pode exigir R$ 1,3 bi das distribuidoras, aponta estudo

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O programa Gás do Povo, recentemente lançado pelo governo federal, poderá demandar investimentos de até R$ 1,3 bilhão das distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). Essa iniciativa visa aumentar o acesso ao gás de cozinha para a população de baixa renda e poderá resultar na comercialização de até 17 milhões de botijões anualmente. A expectativa é que o programa entre em funcionamento pleno até março de 2026, quando se estima um crescimento de 4% no mercado atual de 395 milhões de botijões vendidos por ano.

Os dados da consultoria Kearney, que analisou a situação, indicam que o programa subsidiará a compra de gás para mais de 15 milhões de famílias cadastradas no CadÚnico, beneficiando cerca de 50 milhões de brasileiros. Para atender essa demanda adicional, as distribuidoras estão se preparando, com algumas empresas já buscando importar botijões de países como Turquia e China, além de aumentar a produção local. O aumento estimado na venda de botijões representa um desafio significativo para o setor, que discute a questão há um ano.

O sócio da Kearney, André Volker, enfatiza que esse crescimento não é trivial e requer um planejamento cuidadoso do mercado e do governo. Se o número de famílias no CadÚnico não sofrer grandes mudanças após a implementação inicial, o mercado deve encontrar um novo equilíbrio. O sucesso do programa é essencial tanto para atender a nova demanda quanto para garantir a eficácia da política pública em benefício das famílias mais necessitadas.

Compartilhe esta notícia