O programa Gás do Povo, lançado pelo governo federal como uma alternativa ao Auxílio Gás, demandará investimentos de até R$ 1,3 bilhão por parte das distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). A expectativa é que, até março de 2026, o número de botijões comercializados alcance entre nove a 17 milhões por ano, beneficiando mais de 15 milhões de famílias de baixa renda no Brasil.
A consultoria Kearney, responsável pelo estudo, aponta que esse crescimento representa um aumento significativo no mercado, que atualmente vende 395 milhões de botijões anualmente. As distribuidoras estão se preparando para atender a essa demanda, com algumas já realizando cotações para importação de botijões e planejando aumentar a produção nacionalmente. O sucesso do programa é crucial tanto para o governo quanto para o setor, que busca se adaptar a essa nova realidade.
O impacto do Gás do Povo vai além dos investimentos, pois também se espera que o programa ajude a melhorar o acesso ao gás de cozinha para uma população vulnerável. Entretanto, caso não haja um aumento notável no número de famílias habilitadas no Cadastro Único, o mercado pode se acomodar a essa nova demanda. Assim, o futuro da iniciativa dependerá de sua eficácia em atender as necessidades das famílias beneficiadas e de sua adaptação às condições do mercado.

