Durante o Fórum Econômico Indonésia-Brasil, realizado em Jacarta, o presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, revelou estar ‘bastante incomodado’ com a inflação que permanece acima da meta. Ele ressaltou que, embora haja um processo de desinflação em andamento, as expectativas inflacionárias continuam desalinhadas, justificando a continuidade da política monetária restritiva por um período prolongado.
Galípolo não fez previsões sobre quando a inflação poderá atingir o objetivo de 3%, mas mencionou que a taxa Selic permanecerá elevada, atualmente em 15%, para ajudar a alcançar essa meta. A pesquisa Focus apontou que o IPCA deve encerrar o ano em 4,70%, refletindo a expectativa de especialistas sobre a inflação no Brasil, que foi de 5,17% nos últimos 12 meses.
O presidente do BC destacou a importância de manter a taxa de juros elevada para equilibrar o crescimento econômico e o controle da inflação. Ele acredita que, mesmo com a inflação fora da meta, é possível combinar um baixo nível de desemprego e crescimento positivo, reafirmando o compromisso do Banco Central em combater pressões inflacionárias de forma diligente.

