Fux admite injustiça em julgamentos do 8/1, mas especialistas veem pouco impacto

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 1 min.

Durante o programa ‘O Grande Debate’, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, declarou que cometeu injustiças em decisões relacionadas aos atos de 8 de janeiro de 2023. Ele justificou sua mudança de posição ao afirmar que a lógica da urgência o levou a decisões que agora considera erradas. A declaração gerou debates sobre seu impacto no julgamento dos condenados, com especialistas expressando opiniões divergentes.

José Eduardo Cardozo e Magno Karl, participantes do debate, argumentaram que, apesar da confissão de Fux, essa mudança não alteraria os julgamentos já realizados. Cardozo enfatizou que as falas do ministro não são suficientes para promover revisões das penas impostas. Karl complementou que, embora a declaração possa refletir uma demanda social por revisões, não há evidência de que isso influenciará as decisões judiciais.

A discussão levanta questões sobre a legitimidade das penas aplicadas e a possibilidade de revisão, em um contexto de crescente debate público. Fux reconheceu que algumas penas podem ser consideradas exageradas, mas, segundo os especialistas, mudanças nas decisões judiciais são improváveis. Assim, o cenário permanece incerto para os condenados, mesmo com a nova posição do ministro.

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