O furacão Melissa, que fez landfall na Jamaica como um furacão de categoria 5, enfraqueceu para categoria 4 ao atravessar o terreno montanhoso da ilha. Este furacão é o mais forte a atingir a Jamaica desde o início dos registros em 1851 e agora segue em direção a Cuba, onde pode causar danos significativos em sua segunda maior cidade. O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, alertou a população sobre a severidade da tempestade, enfatizando que ela pode ser uma das mais destrutivas já vistas no país.
Desmond McKenzie, vice-presidente do Conselho de Gestão de Risco de Desastres da Jamaica, informou que a paróquia de St Elizabeth está completamente alagada e sofreu danos extensivos. Organizações de ajuda e instituições de caridade estão se preparando para intervir assim que as condições climáticas permitirem, com a Cruz Vermelha estimando que cerca de 1,5 milhão de pessoas serão diretamente afetadas pelo desastre. Essa situação pode se tornar a maior crise humanitária da história da Jamaica.
A intensificação rápida do furacão Melissa é vista como um sinal do aquecimento acelerado dos oceanos, um fenômeno ligado à crise climática provocada pelo homem. Melissa é a quarta tempestade no Atlântico este ano a passar por uma intensificação rápida, o que levanta preocupações sobre o impacto das mudanças climáticas em eventos meteorológicos extremos. As autoridades e especialistas estão monitorando a situação de perto, aguardando desdobramentos nas próximas horas.