Mary Shelley, uma das figuras mais icônicas da literatura, escreveu ‘Frankenstein’ em 1818, em um contexto criativo instigado por Lord Byron durante uma estadia na Suíça. A história, que narra a criação de um monstro a partir de partes de cadáveres, permanece relevante mais de 200 anos depois, vendendo cerca de 40 mil cópias anualmente e inspirando uma infinidade de adaptações cinematográficas. Entre elas, destaca-se o novo filme da Netflix, que chega aos cinemas em 7 de novembro de 2025, dirigido pelo renomado cineasta mexicano Guillermo del Toro, conhecido por seu estilo gótico e narrativas profundas.
Del Toro, que levou duas décadas para desenvolver sua interpretação de ‘Frankenstein’, busca explorar a paternidade e a responsabilidade do criador em sua nova versão. O filme, com um orçamento de 120 milhões de dólares, traz um viés psicológico e íntimo, refletindo sobre os erros de criação que podem marcar a vida de um pai. A narrativa clássica é reimaginada, mostrando que a monstruosidade pode ser uma consequência do tratamento recebido, um tema que ecoa nas dificuldades sociais enfrentadas por muitos ao longo da história.
Com a ressignificação de personagens como Victor Frankenstein e sua criatura, a obra continua a abordar questões cruciais sobre a natureza humana e as consequências de nossas ações. A adaptação de Del Toro promete fornecer uma nova perspectiva sobre a narrativa original, mantendo-a viva para novas gerações. À medida que a sociedade avança, as reflexões de Shelley sobre ambição, responsabilidade e a busca por aceitação permanecem mais pertinentes do que nunca.

