As Forças Armadas brasileiras iniciaram nesta quarta-feira (1º) a Operação Atlas, uma das maiores simulações militares da última década. Cerca de 10 mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica participam do exercício que se estende até 11 de outubro, abrangendo áreas estratégicas nos estados do Amapá, Amazonas, Pará e Roraima. O objetivo é testar a capacidade defensiva da região amazônica e a interoperabilidade entre as três forças.
O treinamento envolve manobras terrestres, aéreas, navais e cibernéticas em um cenário que reproduz um conflito realista. O Exército emprega mais de 40 blindados, 434 viaturas, nove helicópteros e 3.600 militares. A Força Aérea participa com aeronaves AMX A-1M e A-29 Super Tucano, enquanto a Marinha deslocou o Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico, que transporta mais de mil militares, equipamentos e veículos. A operação ocorre em meio a tensões geopolíticas na região, especialmente relacionadas à disputa territorial envolvendo a Venezuela e a Guiana.
Além de reforçar a soberania nacional em um ambiente desafiador, a Operação Atlas ganha destaque internacional às vésperas da COP30, que será realizada em Belém. O exercício demonstra a capacidade do Brasil em proteger sua Amazônia diante de ameaças externas e internas, fortalecendo sua posição estratégica no cenário regional e global.