Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Mata Atlântica) identificaram um exemplar centenário de jequitibá-rosa no Parque Estadual da Pedra Branca, localizado em Guaratiba, zona oeste do Rio de Janeiro. A árvore, com cerca de 500 anos, mede aproximadamente 40 metros de altura — equivalente a um prédio de 13 andares — e possui 7 metros de circunferência. O exemplar está situado a cerca de 1 km no interior da mata, a 200 metros de altitude.
De acordo com os biólogos Monique Medeiros Gabriel e Jaílton Costa, o acesso restrito ao local, que fica dentro do Sítio Jequitibá-Rosa — uma propriedade particular mantida por um empresário local — contribui para a conservação da espécie e de outros exemplares na área. O Parque Estadual da Pedra Branca abriga um importante remanescente da Floresta da Pedra Branca, caracterizado por grande diversidade de plantas e árvores de grande porte. O biólogo Thiago Fernandes destaca que o jequitibá-rosa é exclusivo da Mata Atlântica e encontra-se ameaçado pela extração ilegal de madeira e pela perda do habitat natural.
A Fiocruz realiza a coleta de sementes do jequitibá-rosa para produção de mudas em seu horto, com o objetivo de reintroduzir a espécie na natureza, seguindo recomendações de órgãos oficiais como o Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Fundada em 2016, a Estação Biológica Fiocruz Mata Atlântica é o primeiro laboratório natural do Ministério da Saúde dedicado à interface entre biodiversidade e saúde, atuando também na restauração ecológica da Mata Atlântica na região da extinta Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá. Essa iniciativa reforça a importância da conservação ambiental para a manutenção dos ecossistemas e a promoção da saúde pública.