A atribuição de falhas operacionais ao ‘erro humano’ tem se tornado comum em relatórios de incidentes, mas especialistas destacam que essa visão é superficial. Em vez de focar no indivíduo, é crucial investigar as falhas sistêmicas que permeiam as organizações, como processos mal estruturados e falta de treinamento adequado. Essa abordagem simplista pode ocultar problemas maiores que afetam a eficiência das equipes.
Segundo o autor, com mais de 20 anos de experiência em grandes empresas, a responsabilização do colaborador muitas vezes ignora a realidade de que muitos erros poderiam ser evitados com uma gestão mais eficaz. A cultura de apontar culpados em vez de promover um ambiente de aprendizado e prevenção gera um ciclo de repetição de falhas. Portanto, a eficiência operacional deve ser vista como um conjunto de práticas que priorizam a prevenção de erros e a melhoria contínua.
O futuro das operações empresariais deve abandonar a justificativa do ‘erro humano’ e focar em processos que utilizem tecnologia para minimizar falhas. Tecnologias como automação e Inteligência Artificial podem transformar a forma como as empresas operam, tornando os processos mais robustos e resilientes. Essa mudança não só protege os colaboradores e os clientes, mas também melhora a sustentabilidade econômica das organizações.

