João Arruda, ex-diretor financeiro da Ambipar, apresentou sua carta de renúncia em 19 de setembro, expressando preocupações sobre a falta de transparência por parte do presidente Tércio Borlenghi Júnior. Arruda alegou que decisões estratégicas estavam sendo tomadas sem o seu conhecimento, o que levantou sérias questões sobre a gestão da companhia, que enfrenta uma crise financeira e está em recuperação judicial.
No documento, o ex-diretor enfatizou a importância da transparência em empresas de capital aberto, argumentando que a falta de informações adequadas prejudica a governança e a confiança dos investidores. Ele também relatou sua exclusão de reuniões cruciais e decisões financeiras, o que o deixou sem informações pertinentes sobre a saúde financeira da empresa. As acusações de Arruda foram seguidas por uma resposta da Ambipar, que negou as alegações e moveu ações judiciais contra ele.
A situação da Ambipar se agravou, com a empresa enfrentando ações do Bradesco e uma significativa queda no valor de suas ações, que despencaram de R$ 14,20 para R$ 0,26 em um curto período. A crise é refletida também no rebaixamento das notas de crédito pela Fitch e S&P, o que pode impactar ainda mais a capacidade de recuperação da empresa. Assim, o cenário permanece incerto, com investidores e analistas monitorando de perto os desdobramentos da situação.

