João Arruda, ex-CFO da Ambipar, ingressou com um pedido de busca e apreensão na Justiça de São Paulo, visando documentos que possam comprovar irregularidades cometidas por diretores da multinacional. O ex-executivo alega que as provas estão em risco de destruição e que são essenciais para a elucidação do colapso financeiro da empresa, atribuído a uma operação envolvendo derivativos com o Deutsche Bank.
A defesa de Arruda destaca que ele foi o responsável por um contrato que culminou em uma crise financeira significativa para a Ambipar, envolvendo o vice-presidente do Deutsche Bank, Henrique Ramin. Ambos já trabalharam juntos no Bank of America e estruturaram um bond que gerou uma captação de US$ 493 milhões, além de um PIK Bond que aumentou o endividamento da empresa. A Ambipar, por sua vez, alega que o Deutsche Bank fez ameaças de cobranças imediatas, intensificando a crise financeira que enfrentava.
O desdobramento desse caso pode trazer novas revelações sobre a gestão da Ambipar e suas relações financeiras, impactando diretamente a imagem da empresa e a confiança do mercado. Além disso, a situação pode abrir precedentes legais que influenciam como executivos são responsabilizados por decisões que afetam a saúde financeira das corporações, refletindo em uma maior exigência de transparência nas práticas empresariais.

