Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi conduzido a uma delegacia na Itália na quarta-feira (1º de outubro de 2025) para ser notificado sobre um pedido de extradição. O procedimento foi realizado pelos carabinieri na cidade de Catanzaro, onde Tagliaferro reside atualmente. Segundo ele, a abordagem foi tranquila e respeitou os trâmites legais italianos.
Ao chegar à delegacia, Tagliaferro foi identificado e teve seus passaportes brasileiro e italiano solicitados. Os policiais informaram que a notificação se referia a uma medida cautelar vinculada a um processo originado no Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro. O ex-assessor afirmou que não houve constrangimento e que foi liberado para retornar à sua residência após o procedimento.
Tagliaferro é alvo de um pedido de extradição feito por Alexandre de Moraes, após denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), acusado de vazar conversas privadas entre funcionários do STF e do TSE. A defesa do ex-assessor declarou que ele está preparado para contestar o processo tanto no Brasil quanto na Itália, alegando arbitrariedades e ilegalidades. O caso evidencia a complexidade das investigações relacionadas às eleições brasileiras de 2022 e pode afetar as relações jurídicas internacionais entre os dois países.