O ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, foi detido nesta terça-feira (1º) pela polícia italiana, em cumprimento a um pedido de extradição solicitado pelo governo brasileiro. A detenção ocorreu na Itália, onde Tagliaferro reside e possui cidadania. Após ser notificado sobre o processo de extradição, ele foi liberado, mas proibido de deixar o país e teve que informar seu endereço de residência.
Tagliaferro deixou o Brasil alegando perseguição após vazar para a imprensa conversas que, segundo ele, revelariam supostas ilegalidades cometidas durante a presidência de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2022. O ministro negou qualquer irregularidade nos atos. Em decorrência do vazamento, a Procuradoria-Geral da República denunciou Tagliaferro pelos crimes de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo e obstrução de investigação penal. Ele também foi investigado pela Polícia Federal.
A detenção e o pedido de extradição evidenciam a complexidade das questões jurídicas envolvendo autoridades brasileiras no exterior e podem influenciar as relações bilaterais entre Brasil e Itália. O caso reforça o debate sobre o equilíbrio entre transparência, segurança institucional e proteção legal em investigações judiciais.