O autor Paul Taylor defende que a Europa precisa se posicionar e romper com a convenção de não se envolver em assuntos internos de aliados, especialmente diante das ameaças à democracia nos Estados Unidos sob Donald Trump. Nos últimos meses, líderes europeus têm se mostrado relutantes em criticar suas ações, priorizando a segurança europeia em meio à guerra na Ucrânia, o que tem gerado um silêncio constrangedor sobre os abusos das instituições democráticas americanas.
Taylor destaca que essa hesitação dos líderes europeus se deve à necessidade de manter a unidade contra a Rússia, levando-os a aceitar metas de gastos de defesa irrealistas e condições comerciais desequilibradas. O autor questiona os benefícios dessa estratégia, sugerindo que a complacência em relação a Trump pode ter um custo alto para as democracias europeias. A situação exige uma reflexão crítica sobre os compromissos que a Europa está disposta a fazer e suas consequências a longo prazo.
O desdobramento dessa situação poderá afetar não apenas as relações transatlânticas, mas também a percepção da Europa sobre sua própria democracia e a segurança coletiva. À medida que a Europa enfrenta esses desafios, a necessidade de uma voz unificada e assertiva se torna cada vez mais premente. A abordagem cautelosa pode não ser sustentável se a democracia nos EUA continuar a ser ameaçada.

