O governo dos Estados Unidos entrou em paralisação nesta quarta-feira (1º) após o Congresso não aprovar o orçamento federal para o próximo ano, gerando um novo shutdown. O impasse envolve principalmente a questão do financiamento da saúde, com democratas exigindo a extensão de programas assistenciais e republicanos defendendo a separação dessas negociações. Durante a paralisação, apenas serviços essenciais permanecem ativos, enquanto milhares de servidores públicos podem ser colocados em licença ou ter salários suspensos.
Este episódio remete ao shutdown ocorrido entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019, durante o primeiro mandato do então presidente Donald Trump, que durou 35 dias e foi o mais longo da história dos EUA. Naquela ocasião, a disputa girava em torno do pedido de Trump por US$ 5,7 bilhões para a construção do muro na fronteira com o México, que os democratas se recusaram a financiar. A paralisação causou atrasos em aeroportos e afetou centenas de milhares de funcionários federais, custando cerca de US$ 3 bilhões ao país.
O atual shutdown traz consequências econômicas e políticas relevantes, com líderes dos dois partidos trocando acusações sobre a responsabilidade pelo impasse. O presidente Trump chegou a ameaçar demissões em massa e cortes em programas ligados aos democratas. O desfecho dessa crise terá impacto direto nas negociações para as eleições legislativas de 2026, podendo influenciar o controle do Congresso e as políticas públicas futuras.