EUA detêm comentarista britânico sob acusação de apoio ao terrorismo

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Sami Hamdi, um comentarista britânico, foi detido por autoridades de imigração dos Estados Unidos enquanto realizava uma turnê de palestras no país. A detenção ocorreu após sua participação em um evento em Sacramento, Califórnia, no dia 25 de outubro, e a revogação de seu visto foi anunciada no dia seguinte, levando à sua deportação. O Departamento de Segurança Interna (DHS) alegou que Hamdi apoiava o terrorismo e minava a segurança nacional dos EUA.

A detenção de Hamdi gerou uma onda de críticas, especialmente do Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR), que argumentou que a ação foi motivada por suas opiniões contrárias ao governo israelense. A porta-voz do DHS, Tricia McLaughlin, destacou que o governo Trump não tolerará a presença de indivíduos que, segundo a administração, ameaçam a segurança do país. Além disso, a ativista conservadora Laura Loomer alegou ter influenciado sua prisão, evidenciando a polarização política em torno do tema.

As implicações dessa detenção vão além do caso individual, levantando questões sobre a liberdade de expressão e a crescente repressão a vozes críticas nos Estados Unidos. O CAIR denunciou a ação como uma afronta à liberdade de expressão, enquanto o governo Trump intensifica a triagem de imigrantes e a revogação de vistos de críticos da política israelense. A situação reflete um clima de tensão e divisão, especialmente em meio ao contexto atual do conflito em Gaza.

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