Os Estados Unidos estão se voltando para o Brasil em busca de produtos essenciais, como carne, café e laranja, com o objetivo de reabastecer seu mercado interno. O professor Manuel Furriela, especialista em relações internacionais, afirma que esse diálogo é promissor e pode levar a um restabelecimento significativo das relações comerciais entre os dois países. Segundo ele, esses produtos são difíceis de serem substituídos por outros fornecedores devido à sua qualidade e volume.
Furriela aponta que a elevação das tarifas de importação para 50% foi impulsionada por mudanças nas regras internacionais, um desgaste histórico nas relações diplomáticas do Brasil e a percepção negativa sobre o governo anterior. Ele acredita que o impacto inflacionário e o desabastecimento nos EUA podem forçar o governo a reconsiderar essas taxas, o que representaria um alívio econômico significativo para o Brasil e a manutenção de setores estratégicos de exportação.
Além disso, o especialista observa que, para os Estados Unidos, o desafio de competir com a China em diversos setores é crescente. A redução das tarifas de importação pode colocar o Brasil em uma posição mais equilibrada no comércio internacional, favorecendo o fluxo de exportações e promovendo uma relação comercial saudável entre os dois países, sem afetar a competitividade com outros fornecedores globais.