As tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre medicamentos e caminhões pesados passaram a valer nesta quarta-feira (1º). A medida estabelece uma taxa de 100% para produtos farmacêuticos importados e 25% para caminhões pesados, com o objetivo declarado de proteger os fabricantes americanos contra o que o governo chama de “concorrência externa desleal” e por razões de segurança nacional.
Além dessas tarifas, o governo americano anunciou também taxas de 10% para madeira importada e 25% para móveis, que entram em vigor em 14 de outubro. A indústria farmacêutica americana, representada pela Pharmaceutical Research and Manufacturers of America, manifestou oposição às novas tarifas, destacando que mais da metade dos ingredientes usados em medicamentos nos EUA são produzidos internamente, enquanto o restante vem da Europa e aliados. No setor de caminhões pesados, a medida afeta principalmente importações do México, principal fornecedor desses veículos para os EUA.
Grandes empresas farmacêuticas europeias, como Novo Nordisk e Novartis, expressaram preocupação ou destacaram investimentos nos EUA para evitar impactos das tarifas. O Reino Unido também tem pressionado os EUA devido à relevância do setor farmacêutico para sua economia. A imposição dessas tarifas pode agravar as tensões comerciais entre os EUA e seus parceiros internacionais, influenciando negociações futuras e a dinâmica das cadeias produtivas globais.