Pesquisadores indianos publicaram um estudo inédito na revista Scientific Reports, revelando que o café kopi luwak, originado da digestão da civeta, apresenta compostos químicos distintos em comparação com grãos tradicionais. As análises, realizadas em 23 de outubro de 2025, mostram que os grãos excretados pelo mamífero possuem maior teor de gordura e ácidos graxos, que influenciam diretamente o sabor e o aroma da bebida.
O estudo comparou amostras de café Robusta de plantações convencionais e orgânicas com grãos excretados pela civeta, evidenciando que o processo digestivo altera a composição química do café. Apesar da diferença no teor de gordura, não foram encontradas variações significativas nos níveis de cafeína ou proteína. Os autores ressaltam a importância de testes sensoriais adicionais para avaliar se essas diferenças químicas se refletem nas qualidades organolépticas da bebida.
O kopi luwak, frequentemente considerado uma iguaria de luxo, pode custar mais de mil dólares por quilo em alguns mercados. No entanto, os pesquisadores alertam sobre a necessidade de uma coleta ética e sustentável dos grãos, para garantir o bem-estar das civetas e a preservação dos ecossistemas em que vivem. A pesquisa pode abrir novas discussões sobre a produção de cafés especiais e seus impactos ambientais.