Uma pesquisa realizada pelo Datafolha, a pedido da Uber, revela que 60% dos motoristas por aplicativo no Brasil não desejam formalizar seu vínculo empregatício sob a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Divulgada em 30 de outubro de 2025, a pesquisa também indica um descontentamento ainda maior com a modalidade intermitente, com 66% dos participantes considerando-a inadequada para suas necessidades.
Os dados mostram que, embora muitos motoristas valorizem a flexibilidade que o trabalho oferece, apenas 54% estariam dispostos a mudar para um emprego CLT com o mesmo rendimento líquido que recebem atualmente. A pesquisa também destaca que 69% dos motoristas acreditam que a regulamentação deve estabelecer um piso de ganhos, assegurando um salário mínimo líquido, e facilitar a inclusão na seguridade social, como o INSS.
As implicações dessas descobertas são significativas, pois revelam uma resistência à formalização do trabalho por aplicativo no Brasil. O diretor de Políticas Públicas da Uber ressalta a importância de manter a flexibilidade no modelo de trabalho, evitando que mudanças regulatórias comprometam as preferências dos motoristas. O debate sobre a regulamentação deve considerar essas preocupações para garantir um equilíbrio entre direitos trabalhistas e a autonomia dos motoristas.

