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Empresário se cala sobre doação a ex-ministro em CPMI do INSS

Bruno de Oliveira
Tempo: 2 min.

Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios, compareceu à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, mas se recusou a falar sobre a doação que fez ao ex-ministro Onyx Lorenzoni, que concorria ao governo do Rio Grande do Sul em 2022. Apontado pela Polícia Federal como o principal operador financeiro de um esquema que causou prejuízos de R$ 700 milhões a aposentados, Gomes usou um habeas corpus para se manter em silêncio durante seu depoimento.

A doação à campanha de Lorenzoni foi revelada em investigações que apuram descontos indevidos aplicados por entidades controladas por Gomes. Embora a PF tenha afirmado que a doação não está relacionada às irregularidades investigadas, o relator da CPMI levantou suspeitas sobre a natureza da contribuição, indicando possíveis vínculos com práticas corruptas. Gomes, por sua vez, não se manifestou sobre conexões que podem ter surgido a partir de um homicídio que envolveu sua família e a de um ex-ministro do governo Bolsonaro.

A recusa de Gomes em esclarecer suas ações levanta questões sobre a transparência no processo eleitoral e a influência de interesses financeiros nas campanhas políticas. A investigação continua, e a CPMI busca elucidar a relação entre doações e práticas ilícitas no âmbito do INSS. Os desdobramentos dessa situação podem impactar a credibilidade das instituições e dos envolvidos nas campanhas eleitorais em andamento.

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