As eleições legislativas na Argentina, marcadas para o dia 26 de outubro de 2025, representam um momento decisivo para o presidente Javier Milei. Enfrentando uma minoria no Congresso, onde sua coalizão controla menos de 40 das 257 cadeiras da Câmara, o resultado nas províncias será vital para a aprovação de suas reformas econômicas e a continuidade de sua gestão.
Desde que assumiu o cargo em dezembro de 2023, Milei se depara com um cenário legislativo fragmentado e um país dividido em relação a suas propostas ultraliberais. A eleição renovará metade das cadeiras da Câmara dos Deputados e um terço do Senado, tornando-se um termômetro para a popularidade presidencial e um teste para a sua capacidade de construir alianças políticas. A necessidade de atrair apoio de partidos provinciais e de centro-direita é imperativa para a implementação de privatizações e cortes fiscais que sustentam sua agenda.
O desfecho das eleições pode redefinir o equilíbrio político no país, com implicações diretas para a governabilidade de Milei. Especialistas apontam que, independentemente do resultado, a polarização política deve persistir, mas é improvável que ocorra uma derrota esmagadora ou uma vitória sem contestação. Assim, o resultado poderá determinar se Milei conseguirá uma base legislativa mínima para avançar em suas reformas ou se enfrentará uma oposição cada vez mais assertiva no Congresso.

