Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, apesar das significativas divergências políticas, encontram espaço para cooperação em áreas como agronegócio e minerais críticos. O professor de finanças do Insper, Ricardo Rocha, afirma que a relação ideológica entre os dois países é extremamente distinta, mas ambos reconhecem a importância do diálogo institucional para o desenvolvimento econômico bilateral.
Josias Bento, sócio da GT Capital, destaca que a prioridade dos EUA atualmente é garantir acesso a minerais críticos e terras raras, essenciais para a indústria de tecnologia. Ele aponta que as tarifas implementadas por Washington atuam como uma “cortina de fumaça”, visando proteger interesses estratégicos e expandir a influência global. Para o Brasil, isso representa um desafio de equilibrar autonomia diplomática e cooperação comercial, mantendo-se parceiro dos americanos sem comprometer seus objetivos econômicos.
No contexto atual, a relação entre Brasil e EUA reflete uma complexidade que vai além das diferenças ideológicas. O equilíbrio entre a busca por autonomia e a necessidade de cooperação será crucial para o Brasil, que não pode ignorar os interesses americanos, mas deve também zelar por suas próprias estratégias econômicas. A análise dos especialistas sugere que, apesar das barreiras, há um caminho para fortalecer laços de maneira benéfica para ambos os países.

