O dólar americano tem enfrentado uma trajetória de enfraquecimento desde o início de 2025, pressionado pelos cortes nas taxas de juros promovidos pelo Federal Reserve (Fed) e pelo aumento do déficit fiscal dos Estados Unidos. Segundo uma pesquisa da Reuters com estrategistas de câmbio, a moeda norte-americana deve continuar perdendo valor frente às principais moedas globais nos próximos 12 meses, em um cenário marcado pela busca por ativos alternativos como o ouro, que já valorizou mais de 47% neste ano.
O contexto econômico dos EUA é desafiador: a independência do Fed é questionada diante das pressões fiscais, enquanto o Banco Central Europeu (BCE) já concluiu seu ciclo de cortes nas taxas de juros. Dados recentes indicam crescimento modesto do emprego americano, afetado pela paralisação parcial do governo federal iniciada em setembro, o que gera incertezas para os mercados. A maioria dos analistas consultados projeta que o dólar continuará fraco no curto prazo, favorecendo moedas como o euro, que já ganhou mais de 13% frente ao dólar em 2025, além do iene japonês e dos dólares australiano e neozelandês.
Essa tendência tem implicações relevantes para investidores e formuladores de políticas monetárias globais, pois reflete uma mudança no equilíbrio cambial e nas expectativas econômicas internacionais. Com o Fed sinalizando novos cortes nas taxas para os próximos meses, o mercado deve permanecer atento às decisões dos bancos centrais e aos indicadores econômicos dos EUA, que podem influenciar a trajetória do dólar e das moedas concorrentes no cenário global.