O documentário “A Vizinha Perfeita” estreou na Netflix no último dia 22 de outubro e rapidamente conquistou o quinto lugar entre os longas mais assistidos da plataforma. A produção utiliza imagens de câmeras corporais da polícia e gravações de ligações para serviços de emergência para narrar o trágico assassinato de Ajike “AJ” Owens, uma mulher negra e mãe de quatro filhos, que foi morta em sua comunidade em Ocala, na Flórida.
A narrativa revela como a relação de Owens com sua vizinha, Susan Lorincz, se deteriorou, culminando em um confronto fatal. Susan, uma mulher idosa branca, frequentemente chamava a polícia por causa das crianças brincando nas proximidades. O crime reacendeu o debate sobre as leis “stand your ground”, que permitem o uso de força letal em situações de suposta ameaça, mesmo que alternativas de refúgio estejam disponíveis.
Após o crime, Lorincz foi presa dias depois, e em seu julgamento, foi considerada culpada de homicídio culposo, recebendo uma sentença de 25 anos de prisão. O documentário não apenas relata os eventos trágicos, mas também provoca reflexão sobre as dinâmicas sociais e legais que cercam a violência nas comunidades nos Estados Unidos, evidenciando as tensões raciais e a fragilidade das relações interpessoais.

